bem estar animal

VÍDEO: depois 17 meses suspensa, microchipagem de cavalos é retomada em Santa Maria

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O cavalo Guri acompanha a recicladora Joice Elaine Gusmão Carrion, 28 anos, há um ano. Ela já queria o microchip desde então, mas as ações estavam paradas. Nesta sexta-feira, houve a retomada, e ela pode levar o equino para ser legalizado junto ao município. Quatro animais foram chipados na ação.


Apesar de lei em vigor, situação de carroceiros e cavalos da cidade segue indefinida

A prefeitura alega que não havia como fazer as ações durante a pandemia. Em um momento mais tênue, mas ainda pandêmico, a microchipagem recomeçou na localidade do Alto da Boa Vista, na região oeste de Santa Maria. Joice se sente mais segurança agora que Guri "até tem uma carteira de identidade". 

Ela trabalha com reciclagem para complementar a renda da família. Em uma casa no Bairro Nova Santa Marta, ela vive com o marido, que presta serviços em uma escola, e oito filhos. 

Por três dias na semana, sendo dois sábado e domingo, Joice e Guri vão até o Bairro Tancredo Neves coletar material reciclável. No Centro, ela evita circular. Vai até, no máximo, a Avenida Medianeira. A Lei 6.438 de 2019, que entrou em vigor em junho deste ano, criou o Programa de Controle da Mobilidade e Bem-Estar do Animal de Tração e, resumidamente, proibiu a circulação de carroças na área central.

Antes de Guri, quem acompanhava o trabalho era o cavalo Gigante. Ele não tinha microchip e fugiu há pouco mais de um ano. Sem microchip, Gigante não foi encontrado embora a procura tenha sido "por tudo". Joice soube que ele estaria no Hospital Veterinário Universitário (HVU), mas o cavalo não resistiu. 

- Sinto mais segura. Tem muita gente que abandona o  bicho e não cuida, não dá assistência, alimentação, ferradura nova. Muitas vezes se preocupam só em andar com o bicho. Assim (com o chip) é melhor, a gente já se acostumou com ele como da família - falou Joice enquanto conversava com a reportagem e observava Guri pastar na grama.

. data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

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NOVAS AÇÕES
Até a retomada nesta sexta-feira, Santa Maria tinha 166 equinos microchipados. Na ação de retomada, foram dois. O esperado pelo superintendente de bem estar animal era maior, mas isso não gerou frustração. 

- Normalmente o proprietário tem medo e dobra na primeira esquina que enxerga a microchipagem. Mas a gente vai conseguir ter sucesso. Esperamos de 1,3 mil a 1,5 mil cavalos microchipados em Santa Maria - assegurou o superintendente de Bem-Estar Animal, Alexandre Caetano.

A estimativa é que outros 1,4 mil animais de carroças ainda podem ter implantado o microchip. No mesmo local, em frente à escola Sinos de Belém, uma nova ação vai ocorrer dia 27 de agosto. Depois, ainda sem data prevista, a microchipagem vai ser feita em outros bairros. 

O local com maior cobertura no município é a Vila Maringá, no Bairro Diácono João Luiz Pozzobon. A estratégia, na época, contou com apoio da comunidade. 

- Teve sucesso quando falamos com um líder comunitário. Tivemos 40 cavalos em um dia só. Neste dia, 20 tiveram que ir embora, porque não tinha como microchipar todos naquela tarde. No outro dia marcado, eles compareceram e foram microchipados - contou o superintendente sobre uma ação na Vila Maringá. 

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Pelo sistema, é possível ler o chip implantado no animal identificar quem é o proprietário. Isso serve para ocorrências de furto ou acidentes que envolvem algum animal, por exemplo. A prefeitura espera implementar o mesmo sistema para cães e gatos que pertençam a famílias em situação de vulnerabilidade social cadastradas no CaÚnico e assistidas por algum programa governamental. Entretanto, não há data prevista para isso.

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A chipagem e o cadastro dos animais é a parte inicial para a efetividade da lei do Programa de Bem-Estar do Animal de Tração. O começo foi em 2019. Em março de 2020, devido ao começo da pandemia, as ações foram suspensas. Quando foi definida a empresa fornecedora dos microchips, a Evolução Pet Comércio de Produtos para Banho/Tosa e Veterinária Ltda, a previsão era de 500 identificadores no valor de R$ 2,4 mil, além de dois aplicadores reutilizáveis e dois leitores de microchips.

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